quinta-feira, 25 de abril de 2013

Tradução do livro “Orientalist Dance – paintings and traveller’s accounts”

Tradução do livro “Orientalist Dance – paintings and traveller’s accounts”
Dança Orientalista – Pinturas e Relatos de Viagens
Por Alkis Raftis
Antes (beem) tarde do que nunca, estou aproveitando esta noite insone para presentear vocês com a tradução das primeiras páginas do livro do Sr. Alkis Raftis, presidente do CID/UNESCO, organização da qual faço parte como convidada, desde setembro/2011.
Para contextualizar, acho importante contar que estive na Turquia em novembro/2011 (antes da Salve Jorge, rs), como única representante do Brasil no Congresso Mundial de Danças Otomanas (em outra oportunidade explico melhor sobre este assunto).

Neste congresso, fui agraciada com este maravilhoso livro e recebi a missão de traduzi-lo no Brasil. Sei que demorei muuuuito para concretizar esta tarefa e nem pretendo me justificar...

Peço desculpas antecipadamente por eventuais falhas na tradução. Caso vocês notem algo errado, fiquem a vontade para sinalizar! Aprendi recentemente que "Feito é melhor do que perfeito", e já que nao consigo tempo para aprimorar meu inglês, vou traduzir da melhor forma possível, mesmo que nao seja perfeita, tá?
O fato é que as informações contidas neste livro são preciosas e importantes demais para ficarem guardadas só para mim, esperando meu inglês melhorar, rs! Também são surpreendentes, chocantes e até estarrecedoras em alguns trechos.
Enfim, vamos saborear a leitura e as lindas imagens do livro! Espero que vocês gostem e acompanhem os demais capítulos.
BeijoKAs!

Introdução
Este livro foi planejado para aqueles que nunca se cansam de ver as danças do Oriente Médio e de aprender mais sobre isso. É uma tentativa de compartilhar uma busca frenética de quase 30 anos em bibliotecas e antiquários da Europa. É a primeira parte, pois o material acumulado pode preencher vários livros.
Depois de assistir inúmeras performances, sente-se o desejo de aprender mais sobre esta forma de dança – mas um forte choque nos aguarda. Passa-se abruptamente de um intenso prazer estético a uma profunda frustração intelectual. Pois as leituras são superficiais, invenções de amadores, adequadas apenas para satisfazer uma curiosidade infantil.
Uma pesquisa histórica e científica deve percorrer um longo caminho. Devem existir sérios estudos, que por fim acabam perdidos e espalhados para o leitor comum, mas precisam ser descobertos e trazidos a tona, se se pretende que façam parte da base de um edifício a ser construído. A história da dança no Oriente Médio terá que ser escrita baseada em fontes confiáveis do passado, independentemente da necessidade de alimentar as fantasias dos espectadores atuais.
Nós concordamos que o termo correto é orientalista, ao invés de oriental ou do oriente médio, ou o termo mais inapropriado “Dança do Ventre”, como é chamada com frequência. Nós precisamos estar preparados para aceitar o termo Dança Mediterrânea, mesmo que inclua países católicos a noroeste do nosso mar (?). O termo Orientalista designa a dança do oriente vista pelos olhos dos europeus, e modificada para atender suas necessidades. É emprestado das pinturas, onde define com sucesso certa escola baseada não na técnica utilizada (como Impressionista), mas nos temas escolhidos. O pintor ilustra um certo Oriente, mais ou menos fiel à realidade, mas certamente mais próximo da visão que as pessoas querem ter dele. A pintura e literatura orientalistas surgiram em torno de 1800, floresceram no final do século 19 e murcharam após o início do século 20. Por outro lado, os pioneiros da Dança Orientalista estão situados por volta de 1900, declinaram mais tarde, então ressurgiram no final do século 20, continuando até agora. Observamos um padrão semelhante de demanda um século antes.  Será o suficiente para prever que a Dança Orientalista desaparecerá depois de 2015?
O leitor que não está muito ansioso para passear por textos e imagens dos séculos passados encontrará a seguir alguns esclarecimentos, assemelhando-se a um guia turístico. É uma questão de gosto: algumas pessoas não gostam de viajar sem ler um guia, outras preferem descobrir terras estrangeiras despreparados! Essas diretrizes proporcionarão a oportunidade de dissipar vários equívocos e derrubar alguns tabus. Isso só pode ser para o melhor: o charme da Dança Orientalista não desaparecerá se pararmos de acreditar em contos de fadas inocentes, que circulam livremente em seu nome.
Nos próximos posts, acompanhe o que Alkis Raftis fala sobre :
- O Oriente
- Religião
- Profissional ou amadora
- Mulher ou Homem
- Garotos
- Música
-Trajes
- Corpo e Sensualidade
- Reescrevendo a História
- e veja Textos e Imagens Espetaculares sobre a Dança Orientalista!

Aaaah! Veio aqui visitar meu blog e não deixou nenhum recadinho?!? Que tristeza!
Comente aí, florzinha!
A sua mensagem é importante para me manter motivada, viu?
Espero você ;)



4 comentários:

  1. MUITO ORGULHOSA DE VOCÊ E FELIZ POR MAIS UMA SEMENTE PLANTADA EM SOLO FÉRTIL!!
    VIVAAAA!!!
    *-*

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. A sementinha demorou mas agora está desabrochando! Obrigada pelo apoio e carinho, Lu querida!

      Excluir
  2. Ká!!!! Parabéns!!!! Ótimo trabalho!!!! Espero que tenhamos o prazer de ler outros trechos!!!!! Bjsss

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, Carol! Estamos retomando agora! Dá uma espiadinha na continuação! Obrigada pelo carinho!

      Excluir